Eduardo Braide é pressionado: Lahesio quer apoio, não concorrência
Prefeito de São Luís precisa renunciar para disputar o governo estadual, mas risco de perder o controle da prefeitura gera ime

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), vive um dilema político diante das articulações para as eleições de 2026. Para concorrer ao Palácio dos Leões, ele precisaria renunciar ao cargo até abril do próximo ano. No entanto, a decisão envolve riscos consideráveis: além de abrir mão do mandato, Braide pode ficar sem espaço de poder, já que sua vice, Esmênia Miranda, tem ligação com o ex-deputado federal Edilázio Júnior, potencial adversário nos bastidores.
A tensão aumentou após declarações do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes e ex-candidato ao governo, Lahesio Bonfim, durante evento em Imperatriz. Sem rodeios, Lahesio deixou claro que não quer Braide como adversário, mas como aliado estratégico. “Se ele sair, divide a direita. Se ficar, pode ajudar”, disse, em tom que mistura diplomacia com pressão política.
A fala embute um recado direto: Lahesio quer o apoio institucional da Prefeitura de São Luís como base de sua pré-campanha ao governo estadual. Nos bastidores, a exigência é vista por aliados como uma tentativa de transformar Braide em um fiador do projeto de Lahesio, abrindo mão de protagonismo político.
Além de mirar o prefeito da capital, Lahesio também tenta costurar alianças com Josimar de Maranhãozinho, Aluísio Mendes e Mariana Carvalho, em busca de uma frente unificada da direita maranhense. Contudo, o custo dessa unidade pode ser alto: há uma disputa velada pelo controle da oposição no estado.
Para Braide, a escolha entre concorrer ou permanecer no cargo se transforma num xadrez de alto risco político. Conhecendo bem o prefeito de São Luís, é mais fácil ele morrer afogado na praia, que usar colete de alguém, simplemente por se achar mais importante que o mar.