Creche na Ilha de Tauá-Mirim está sem professores em plena capital do Maranhão 595z1k
A denúncia foi feita pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de São Luís 3i4cc

A educação pública na gestão do prefeito Eduardo Braide continua colecionando problemas graves — desde a qualidade do ensino até a precariedade na infraestrutura das escolas. Em algumas unidades, como é o caso das creches, a situação beira o abandono: além da escassez de merenda escolar digna, falta até professor. Em alguns casos, crianças são alimentadas com biscoito seco e refresco. 6g565c
Nesta quarta-feira (14), a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Educação de São Luís, comandada pela promotora Maria Luciane Belo Lisboa, realizou vistorias nas escolas localizadas na Ilha de Tauá-Mirim, na zona rural da capital. A inspeção teve a presença de representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
Foram visitadas as Unidades de Educação Básica Nossa Senhora das Mercês e Beija-Flor, ambas situadas na comunidade de Jacamim, e a UEB Raimundo Francílio Pereira, anexo da UEB Evandro Bessa, no povoado de Tauá.
Nas duas primeiras unidades, que funcionam no mesmo prédio, a situação é alarmante: infiltrações em vários compartimentos e ausência total de professores para atender as crianças da creche. No local, 34 alunos estão matriculados no ensino fundamental e outros 32 na educação infantil, mas não têm quem os ensine. A diretora interina, Maria Joé Moreira, acompanhou a vistoria.
Já na UEB Raimundo Francílio Pereira, onde apenas quatro alunos estão matriculados, a estrutura é considerada adequada e não há falta de professores.
Apesar dos problemas, o transporte escolar — feito por lancha e ônibus — foi considerado regular pelo Ministério Público.
A Ilha de Tauá-Mirim está localizada em uma área isolada da zona rural de São Luís. Para chegar à escola mais próxima, é preciso atravessar um braço de mar. No caso da comunidade de Jacamim, o trajeto ainda inclui cerca de 4 km por via terrestre.
Ação Civil Pública
As dificuldades enfrentadas pelos estudantes da região não são recentes. Em 2015, o Ministério Público do Maranhão (MPMA) ajuizou uma Ação Civil Pública contra o Município de São Luís devido às condições precárias do transporte escolar para Tauá-Mirim. O processo ainda está em tramitação, e uma audiência está marcada para o dia 28 de maio. Segundo a promotora Luciane Belo Lisboa, a maioria das exigências do MP já foi atendida — mas a ausência de professores mostra que a educação ainda está longe de ser prioridade na gestão Eduardo Braide.